A hegemonia americana Estados Unidos

Lembrando que o conteúdo desse artigo se encontra também no podcast: GoGlobal.

Cenário macro e alocações sugeridas

Tradicionalmente, essa é uma coluna semanal que versa sobre os assuntos mais correntes da economia e mercado americanos, uma espécie de panorama semanal com aquilo que de mais interessante acontece aqui nos EUA. Nesse sentido, vale resgatar os artigos das últimas semanas:

Em consonância com a live que fizemos na semana passada, sobre cenário macroeconômico, eles já fornecem um panorama completo do cenário atual.

E para você que quer saber mais sobre as oportunidades de alocação global de carteira, atualizamos nossos reports de recomendações na semana que passou, na aba de “Análises” da área logada.

Além disso, vamos realizar uma live hoje para conversar mais a respeito das nossas ideias de investimentos.

Dito isso, vou aqui escrever um Insights diferente. Me acompanhe.

Por que investir nos EUA?

Existem diversos motivos que eu poderia ficar listando aqui, mas, na verdade, já o fiz. Mesmo quando temos receios face a possíveis cenários de desaceleração ou mesmo recessão nos EUA:

Mas, como investidores, buscamos proteger e rentabilizar nosso patrimônio. Essa parece ser a tônica de qualquer investimento, correto? Buscar um bom retorno ajustado ao nível de risco que você se sente confortável.

Nesse sentido, o mercado americano surge como uma alternativa pois, ao observamos a sua história, vemos o crescimento de sua economia, o qual o fez ser a potência hegemônica global, sendo refletido nas alternativas de investimentos oferecidas a investidores do mundo todo.

O gráfico abaixo mostra a valorização de US$ 1 investido, ou sendo corrigido pela valorização S&P 500 ao longo de décadas, considerando diferentes presidentes e momentos da história. Ao longo desse período, a economia americana passou por guerras (segunda Guerra mundial, Vietnã, Golfo, Coreia, entre outras), períodos de alta inflação, períodos de deflação, taxas de juros de mais de 20%, recessões severas ou brandas, assassinato de presidente, pandemias, taxas de desemprego que chegaram a 25%, e muitos outros eventos marcantes. E a despeito de tudo isso o investimento se mostrou interessante.

Tenha em mente que as pessoas físicas não podem investir diretamente em qualquer índice. O desempenho passado não garante resultados futuros.

Saindo do universo de renda variável e indo para renda fixa, na história moderna, desde que o mundo abandonou o padrão ouro na economia os EUA nunca deram calote em sua dívida. Ou seja, o governo americano honrou os compromissos com seus credores, aqueles que investem em seus títulos públicos. E ainda que todo investimento guarde em si algum risco, os fed funds são considerados uma referência global usada como a taxa referencial livre de risco.

Ou seja, sob o ponto de vista de investimentos, temos um ambiente que se mostrou resiliente a diferentes cenários de crise, uma economia que apresentou crescimento a longo prazo e o qual foi refletido e percebido pelas alternativas de investimento em renda variável, que se mostrou capaz de oferecer uma alternativa confiável para investimentos de renda fixa, e que, por fim, permite a constituição de uma poupança em moeda forte e de aceitação global.

Hegemonia americana: até quando?

Mas aí vem a pergunta de alguns: “Ok, isso aconteceu no passado, mas será que não será diferente no futuro? E se os EUA perderem sua hegemonia?”

Não sei o futuro, mas vou trazer alguns pontos interessantes para você pensar a respeito acerca da pujança da economia americana e, eventualmente, reduzir possíveis receios de investir fora.

  1. Maior economia. A despeito dos receios, a economia americana ainda é a maior do mundo, representando 25% do PIB global. As projeções variam, mas de acordo com essa fonte do gráfico abaixo, estima-se que a China possa passar os EUA somente em 2030.

Fonte: Visual Capitalist.